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Entrevista com Flávio Lemos





Olá pessoal! Hoje resolvi trazer uma entrevista bem antiga. Foi quando lançaram o disco "Atrás dos olhos", ainda com a formação original da banda!
Todos nós tentamos ler alguém pelos olhos


(Diário do Nordeste - Porto Alegre, 08 de janeiro de 1999, por Roberto Vieira)


   O Capital Inicial está de volta com a sua formação original. O grupo que ao lado dos Paralamas e Legião fizeram a cena de Brasília nos anos 80, retornam com o CD “Atrás dos Olhos”, produzido pelo gringo David Z, que entre outras coisas já trabalhou com Prince e Billy Idol.


   Ao contrário de seus contemporâneos que aderiram as novidades do mercado, o Capital investiu em um disco que mescla com coerência e competência, rock e pop, sua marca registrada. Em vez de uma exumação dos mortos, Dinho Ouro Preto, (voz), Flávio Lemos (baixo), Loro Jones (guitarra) e Fê Lemos (bateria) provam que o retorno pode ser tão criativo, quanto uma estréia. O Caderno 3 conversou por telefone com Flávio Lemos, da sede da gravadora em São Paulo. Veja a seguir trechos da entrevista.


Por que vocês resolveram votar?


Flávio Lemos- A princípio estávamos pensando em fazer uma turnê dos 15 anos da banda. Depois foi a boa vendagem da nossa coletânea que chegou a 120 mil cópias e isto despertou o interesse das gravadoras. Na verdade o Capital não parou totalmente, nós continuamos com outro vocalista, paramos apenas de fazer shows e cada um foi fazer uma coisa. Neste meio tempo o Loro (Jones, guitarrista da banda) e o Dinho (Ouro Preto primeiro vocalista do Capital) passaram a conversar e a idéia inicial era fazer apenas shows, daí deu no que deu, depois de cinco anos voltamos como se tudo fosse novo, como se tivéssemos começando, parecíamos moleques.


“Atrás dos Olhos” tem a ver com este retorno?



Flávio Lemos- É um título meio enigmático que nós achamos legal para um disco de retorno. Todos nós tentamos ler uma pessoa pelos olhos.



De quem foi a idéia de gravar em Nashville e ainda gravar com o David Z?



Flávio Lemos- Foi do próprio Brian (Butler) nosso diretor artístico. Nós queríamos fazer algo diferente e foi uma experiência ótima. Mandamos uma demo com músicas antigas para ele que gostou bastante. Foi a gravação mais à vontade que já fizemos, pois sempre tivemos problemas com produção no Brasil. Acho que o produtor tem que ver a banda e tirar o melhor dela. Em três semanas já havíamos gravado tudo.


Quando vocês entraram no estúdio já tinham as músicas prontas ou elas foram surgindo com as gravações?



Flávio Lemos- Nós já tínhamos algumas idéias antes de entrar em estúdio e outras canções foram feitas no estúdio.



Por que regravar “Assim Assado” dos Secos & Molhados?



Flávio Lemos- O primeiro show que eu assisti foi deles, eu tinha 10 anos na época e foi uma coisa muito marcante.



Vocês optaram por continuar fazendo rock/pop e não enveredaram pelas novas tendências da música atual como o tecno por exemplo...



Flávio Lemos- Primeiro porque não é a nossa praia. Eu gosto mesmo é do rock and roll. Temos fãs no Brasil inteiro e eles estão afim de ouvir um disco do Capital Inicial e eu acho importante manter essa linha.
 


Por falar em mudanças como é que vocês tem visto os novos trabalhos de seus companheiros de geração?



Flávio Lemos- Somos os únicos que estão mantendo a mesma linha e é interessante é que o público freqüenta os nossos shows é basicamente a molecada. Eles conhecem tudo sobre nós.  
Bom gente, espero que tenham gostado, e até o próximo post!

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